
Ver na janela de minha casa o horizonte e ficar maravilhada com a beleza da natureza em todas as suas formas. Harmônica e sintonizada em movimentos de vida, reciclando-se, renovando-se de forma singela e natural. Voltar os olhos para dentro de casa, olhar o noticiário da tv e ver totalmente o oposto. Seres ditos racionais e evoluídos, tratarem desde os familiares ao planeta de forma desarmônica e suicida. Fechar os olhos, ver minha própria vida nas mãos dos impostos, contas, dividas... Necessitar de ajuda jurídica, na tentativa de solucionar "pendengas" em relação a uma herança e um divórcio, e presenciar um jogo burocrático, frio, distante, nas mãos de "profissionais" no assunto. Volto meu olhos para a janela e choro. Não é tristeza, mágoa ou raiva. É um aperto no peito de ver o distanciamento entre os seres. Avós jogados no canto, pois a pressa de "correr" atrás da vida é prioridade. Crianças nas mãos de mães ou pais, que pouco importam-se com os olhares apetitosos de carinho e atenção. E ficam a brincar em seu mundo de vídeos e parabólicas. Mestres, Avatares, Profetas, de nada mais adianta informar, orientar e mostrar que o caminho esta ficando estreito e vazio. O que fazer? Rogo, rezo, choro, fecho os olhos na expectativa de abri-los e perceber de que tudo não passa de um filme feito as pressas e sem um bom roteiro. Mas... não o é... este é um filme atual e gravado dia a dia, olhos nos olhos, abraços, verbos,...
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